Nesta semana realizamos em Brasília o primeiro
módulo do curso Captação de Projetos de Temática Ambiental, com
enfoque no fortalecimento institucional/gestão de associações, promovido pelo Instituto
Sociedade, População e Natureza – ISPN.
Participaram deste primeiro módulo I, sobre Gestão
de Associações, 31 dirigentes e lideranças de associações comunitárias e
organizações que apóiam associações de comunidades, vindos de 11 estados do
Sudeste, Centro Oeste e Nordeste brasileiro.
Começamos refletindo sobre o que é uma associação e
sua importância, utilizando como estímulo para a discussão a leitura dialogada
de um dos capítulos do livro Associação é para fazer juntos. Ao tratar dos
objetivos das associações representadas no curso, deu-se uma riquíssima troca
de experiência, uma vez que boa parte delas vem executando uma gama
significativa de atividades. Na discussão sobre os órgãos de administração e a
comunicação entre eles, ficou demonstrado que também elas precisam ainda
percorrer um bom caminho para que sejam legítimas e eficazes organizações de
suas bases. A concentração de atividades nas mãos do presidente ou na diretoria
e a falta de atuação dos conselhos são realidade para elas, como para tantas
outras.
A partir da leitura do capítulo do Código Civil
sobre associações, ficou claro que a legislação, de forma muito saudável, dá
muita liberdade para que se estruturem e funcionem de forma adequada aos seus
objetivos e à realidade local. Acho importante ir além de dizer que a lei diz
isso ou aquilo e mostrar, ler em conjunto, explicar e esclarecer dúvidas a
partir do texto legal. As pessoas devem se apropriar da legislação para poderem
refletir sobre sua realidade e os limites e possibilidades que a lei oferece.
Também tratamos dos documentos que devem ser mantidos atualizados, declarações
e informações que devem ser enviadas regularmente para os órgãos governamentais
e a necessidade de atender aos requisitos para a manutenção da imunidade ao
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. Sobre a contratação de pessoal falamos
sobre as formas legais de contratação de funcionários, prestadores de serviços
e estagiários, além da utilização do trabalho voluntário.
Destacamos a importância de fazer um bom
diagnóstico para termos um planejamento de qualidade. Foram treinadas algumas
técnicas de Diagnóstico Rápido Participativo – DRP. Também foi apresentado e
explicado o conjunto de indicadores de desenvolvimento organizacional, já
publicado em outra postagem neste blog.
Cada uma das perguntas orientadoras para um
planejamento foi explicada (Para quê? O quê? Com o quê? Quando? Quem? Com
quem?) e proposta a utilização de uma Matriz de Planejamento. Os participantes
aceitaram o desafio e, organizados em grupos, fizeram cada um o planejamento
para a solução de um dos problemas levantados na Chuva de Idéias. Os planos
elaborados foram apresentados e comentados, enriquecendo o aprendizado.
Até o próximo módulo, a ser realizado em junho, os
participantes vão fazer em suas organizações e base o Diagnóstico
Organizacional, um planejamento para superar suas fragilidades, o diagnóstico e
planejamento participativos com suas comunidades ou organizações que apóiam.
Algumas organizações já haviam feito recentemente diagnóstico e planejamento.
Foram orientadas a reverem o que foi feito e verificarem a necessidade de
revisão de acordo com as técnicas aprendidas. Durante essa atividade
intermódulo vão ser orientados à distância pelo instrutor do curso e técnicos
do ISPN.
Aguardem o próximo módulo porque este curso
promete!!
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