Nos dias
01 e 02 de agosto moderamos o Diagnóstico e Planejamento da Associação Indígena
Doá Txatô, na Aldeia São Luis, na Terra Indígena Rio Branco. Contei com a
valiosa contribuição de Henyo Barreto, diretor acadêmico e coordenador do
Projeto de Conservação da Biodiversidade em Terras Públicas da Amazônia
Brasileira, um consórcio liderado pelo IEB e Josinaldo Aleixo, consultor como
eu da mesma organização.
No dia 31
de julho, já na TI, cuidamos da mobilização das aldeias e da infraestrutura,
juntamente com o presidente da associação. Participaram 26 indígenas, entre
diretores, lideranças e demais associados de 8 aldeias.
Iniciamos
com uma reflexão sobre o papel e importância de uma associação, precedida da
leitura dialogada de um dos capítulos do livro Associação é para fazer juntos.
Ressaltamos que associação é uma ferramenta para trabalharem juntos, desde a
identificação de seus principais problemas e planejamento de ações para
resolvê-los ou, pelo menos, diminuí-los até a execução e avaliação dos resultados.
Por isso estávamos ali para fazer juntos o diagnóstico e o planejamento. Foi
deixado bem claro que não se tratava meramente de um exercício ou de oficina
para capacitação, mas de um planejamento que iria orientar o trabalho deles em
associação durante o próximo ano.
Assim
como em outras associações, foi reforçado que eles têm uma terra indígena
homologada, com muitos recursos naturais, com uma população com muitos
conhecimentos e capacidade para buscarem sua autossutentação. Cabe à associação
identificar e mobilizar as potencialidades existentes e não ficarem dependentes
de recursos de fora através de projetos ou programas de governo. Eles devem ser
acessórios e não fundamentais ou única forma para obter os recursos necessários
para melhorarem sua qualidade de vida na terra indígena. A associação também
deve ser mantida pela contribuição dos associados, como já vem sendo feito em
vários lugares.
A
Fundação Nacional do Índio – FUNAI havia feito um levantamento de problemas,
idéias e soluções em novembro de 2010, divididos em temas: Terra e Meio
Ambiente, Saúde e Saneamento, Educação e Cultura, Produção e Extrativismo. O
relatório foi cedido pela Coordenação Regional de Ji-Paraná e disponibilizado
para os participantes, que partiram desse material para, em grupos discutirem
inicialmente os seus principais problemas. De acordo com os critérios, já
expostos na postagem anterior, priorizaram os problemas levantados. Em seguida,
os grupos voltaram a se reunir para planejar: objetivos, resultados esperados,
atividades, recursos necessários, prazo, responsáveis e parceiros.
O
planejamento será validado e aprovado pela assembléia a ser realizada em
outubro, quando será assinado um Termo de Cooperação entre o IEB e a
Associação Indígena Doá Txatô. A partir daí nossas ações serão dirigidas para o
aprimoramento da organização e administração da associação, conforme
levantamento feito no Diagnóstico Organizacional, e para a implementação do
Planejamento 2012-2013.
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