Nos dias 10 a 13 de agosto estive na
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira, nos municípios de
Manicoré, Novo Aripuanã e Borba, no Sul com Amazonas, com Rachel Ribeiro Lange,
assessora de campo do IEB e Marcos Paulo de Lima Barros (Marquinhos),
presidente da Associação dos Produtores Agroextrativistas da RDS do Rio Madeira
– APRAMAD para a realização de reuniões de diagnóstico e planejamento
participativos nas comunidades Bracinho, Cachoeirinha e Delícia.
A oportunidade foi aproveitada
para aprofundar o conhecimento daquelas comunidades sobre o que é, qual a
importância e como funciona uma associação, destacando que a participação dos
associados é fundamental para que ela atinja seus objetivos. Essa prática
estava sendo estimulada já nesses encontros para diagnóstico e planejamento e
deve se estender também para a execução das atividades, seu monitoramento e
avaliação.
Os participantes das reuniões
foram divididos em grupos para inicialmente levantarem os problemas enfrentados
pela comunidade. Depois de expostos, tiveram a sua formulação corrigida quando
necessário, em especial para que não fossem confundidos com recursos ou
atividades. O passo seguinte foi planejar ações e recursos necessários para a
superação dos problemas.
Em alguns casos, as reuniões não
foram produtivas como esperávamos, levando em conta o planejamento que
pretendíamos obter como produto. No entanto foram fundamentais para iniciar a
consciência de que a associação é uma organização da comunidade, que a sua
principal força está no trabalho conjunto de seus associados, começando com a
discussão sobre seus problemas e como solucioná-los e não ficar esperando
recursos externos para tentar resolvê-los
Essas reuniões serviram também
como capacitação, em especial para o Marquinhos, em processo de diagnostico e
planejamento, feito pela primeira vez de forma sistemática na APRAMAD. Como é
inviável para mim e Rachel realizar as reuniões em todas as 44 comunidades que
fazem parte da RDS do Madeira e tem associados à APRAMAD, o presidente e outros
diretores, depois de terem participado e atuado nas reuniões iniciais farão nas
demais comunidades.
Os planejamentos serão
consolidados, discutidos e complementados em uma reunião com os líderes das
comunidades nos dias 03 e 04 de novembro.
Aos poucos estamos consolidando
uma metodologia mais participativa de desenvolvimento organizacional de
associações comunitárias, que passa pelo Diagnóstico Organizacional, um Plano
de Ação pactuado entre dirigentes e consultores, o Diagnóstico e Planejamento
Participativos nas comunidades e a assessoria para a implementação desses
planos.
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