Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




domingo, 17 de março de 2019

Políticas Públicas, Fraternidade e Cidadania – parte 3 - NEM SEMPRE O CRESCIMENTO DA CIDADE É BOM PARA QUEM VIVE NELA


O crescimento de uma cidade é medido pelo aumento da sua população e da sua economia, tanto industrial, como comercial e dos serviços, sejam eles de grande porte, médios ou pequenos. Dessa forma aumenta-se a arrecadação e, em muitos casos, a geração de emprego.

No entanto, mais pessoas, indústrias, lojas e prestadores de serviços causam impactos na cidade e na qualidade de vida de seus habitantes, por isso, a cidade precisa estar preparada para crescer de forma a manter ou mesmo melhorar o bem-estar de quem vive nela.

Um impacto importante é no meio ambiente, provocado pelo crescimento da chamada mancha urbana, a área ocupada por residências e unidades econômicas, sobre as áreas de matas e margens de rios. É preciso que sejam preservadas as matas de uma parte da cidade em praças, parques e unidades de conservação, além de sítios e fazendas para a preservação de espécies vegetais e animais e do equilíbrio do ciclo da água, inclusive para a saúde da população. A ocupação de margens de rios, córregos e lagos, além de provocar assoreamento e até a morte destes, gera enchentes.

É preciso que as indústrias tenham controle sobre os poluentes que lançam no ar e que o esgoto destas e também de prestadores de serviços, comércio e residências sejam adequadamente coletados e tratados, para não poluírem rios, córregos e lagos, além de fornecer água tratada para todos, para não trazer prejuízos à saúde e não aumentar a demanda e gastos com os serviços de saúde.

O aumento da economia e da população leva a uma circulação maior de veículos, sendo necessária a expansão da rede viária: ruas, avenidas e estradas, que precisarão de manutenção mais frequente dado o uso mais intenso, principalmente por veículos pesados.

Mais moradores vão precisar de mais transporte público, escolas, unidades de saúde, cultura, lazer, etc.

Por isso, crescer é muito pouco. É preciso pensar, planejar e executar o desenvolvimento, que implica não só no crescimento econômico e populacional, mas também na qualidade de vida. E mais, é preciso pensar em um desenvolvimento que seja sustentável, ou seja um desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações, um desenvolvimento que não esgote os recursos para o futuro.

Em Itupeva, cada vez que uma nova empresa se instala, a prefeitura noticia que é “de acordo com o plano estratégico do atual prefeito”. Alguém conhece esse plano estratégico? Ele foi discutido com a cidade para adequar as ideias de desenvolvimento do prefeito e seus secretários com a da população? Ele garante que o crescimento econômico e da arrecadação ofereça qualidade de vida para nós e para os nossos filhos, netos, bisnetos...

Desenvolvimento, sim. De qualquer jeito, não!!

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