Nos dias 24 a 27 de setembro contei com apoio de Aurélio e Cassiano, assistentes de campo do IEB em Humaitá, no sul do Amazonas, para facilitar uma Oficina sobre Gestão de Associações naquela cidade. Participaram 28 diretores e lideranças de seis associações e da Comunidade Mirari, que está em fase de fundação de sua associação.
Foi tratado o papel e importância de uma associação, dando ênfase para a participação dos associados e a valorização das potencialidades das comunidades para a resolução de seus problemas, além de aproveitar as oportunidades oferecidas por parceiros, órgãos governamentais e financiadores.
Também foi ressaltada a importância da definição clara de objetivos que sejam relevantes para aquelas famílias para que sejam estimulados a se organizarem na associação. "Fundar uma associação e não ter objetivos claros é como entrar em um taxi e não saber para onde vai." O estatuto foi valorizado como a "constituição da associação", que deve conter, além dos objetivos, a estrutura e o funcionamento da associação de acordo com o que for definido pelos associados, depois de ampla discussão. O trecho do Código Civil Brasileiro foi mostrado e explicado para os presentes para que verificassem o espaço que a legislação deixa em aberto para que organizem a associação de acordo com seus objetivos e forma de organização. Os participantes se interessaram em continuar conhecendo melhor seu estatuto, discutir nas comunidades e reformarem no que julgarem necessário, depois de anos em que ele figurou apenas como uma peça formal para o registro da associação.
A organização interna, com diretores, conselheiros e associados organizados e atuantes, cada um com suas atribuições, além das exigências legais para a manutenção da associação também ganhou destaque. Em grupos, leram em cópias de seus estatutos quais são os órgãos de administração e suas atribuições, compararam com o que vem sendo feito na prática e discutiram formas de melhorar o funcionamento e a comunicação entre esses órgãos. Foi feito exercício para a elaboração de relatórios financeiros, a serem utilizados para a gestão dos recursos, contabilidade e prestação de contas para a Assembléia Geral.
Também despertaram o interesse nos participantes as técnicas de diagnóstico e planejamento participativos para que a atuação dos associados comece com a discussão de seus problemas, o planejamento das ações para resolvê-los, o monitoramento para a implementação satisfatória do que foi planejamento e a avaliação focada nos resultados alcançados.
Na avaliação, todos os participantes expressaram a importância da aquisição desses conhecimentos para o desenvolvimento de suas associações, a disposição em transmitir o que aprenderam para suas comunidades e a utilização no seu trabalho. Demonstraram também a expectativa de continuarem esse trabalho de desenvolvimento de suas organizações.