Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




sexta-feira, 27 de abril de 2012

Associação como ferramenta de trabalho da comunidade


Nos dias 17 a 20 de abril facilitei uma oficina sobre gestão de associações em Boca do Acre, Sul do Amazonas, que é um dos municípios onde o IEB desenvolve o Projeto de Desenvolvimento Local Sustentável. O objetivo geral desse projeto é o “Fortalecimento das capacidades dos poderes públicos municipais e das organizações da sociedade civil visando à implementação de ações, políticas públicas, programas e projetos de apoio ao Desenvolvimento Local Sustentável (DLS)” em cinco municípios da região sul do Estado do Amazonas: Humaitá, Manicoré, Canutama, Lábrea e Boca do Acre.

Nesta primeira atividade em Boca do Acre participaram diretores e lideranças de 9 organizações de agricultores, extrativistas e indígenas além de 5 organizações que apóiam as organizações locais.

De forma transversal aos temas tratados, foi reforçado o enfoque de que uma associação é uma ferramenta de trabalho e não uma solução em si, ou seja, não é pelo fato de criar uma organização formal que os problemas serão resolvidos, mas sim pelo trabalho coletivo, valorizando as suas potencialidades e aproveitando as oportunidades que parceiros e financiadores podem oferecer.

A proposta de trabalho apresentada para a continuidade do desenvolvimento organizacional dessas associações está baseada em idéias:

  1. Os objetivos da associação devem ser definidos coletivamente e serem significativos para os associados. Se não tiverem clareza de porque se juntaram para criar a associação, dificilmente vão atuar juntos efetivamente;
  1. Quem sabe quais são os problemas a serem resolvidos e as conquistas a serem feitas é a própria comunidade. Um diagnóstico e escolha de prioridades feitas de forma participativa são fundamentais;
  1. Da mesma forma o planejamento das atividades que deverão levar à solução ou mitigação dos problemas, além de conquistar direitos e condições melhores de vida também deve ser feito com a participação do máximo de pessoas;
  1. Por fim, a realização dessas atividades não pode ficar a cargo apenas da diretoria, mas contar com a colaboração de todos. É para fazer juntos que uma associação é criada.

Os dirigentes e lideranças presentes concordaram que essa é a melhor forma de trabalhar e, juntos, planejamos que o próximo passo será a regularização da documentação das associações que tenham alguma pendência com os órgãos públicos e a realização em junho de uma oficina sobre diagnóstico e planejamento para que eles possam realizar esses processos junto às suas bases.

Essa oficina deverá apresentar e praticar metodologias facilmente aplicáveis por eles em suas comunidades.

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