Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Assembleia avalia o presente e discute o futuro da Associação Doá Txatô



Nos dias 17 e 18 de outubro, participei com Henyo Barreto, Diretor Acadêmico do IEB, da Assembléia Geral Ordinária da Associação Indígena Doá Txatô que aconteceu na Aldeia São Luis, na Terra Indígena Rio Branco, em Alta Floresta D’Oeste-RO. Participaram 27 indígenas, entre diretores, conselheiros e associados, além de alguns convidados.

Diferente do que acontece nas assembleias de boa parte das associações, quando são convidados muitos representantes de organizações apoiadoras e órgãos governamentais, esta se dedicou à discussão da situação atual da associação, em seus avanços e fragilidades, e a pensar o seu futuro.  Foi também o fechamento da primeira fase do trabalho de desenvolvimento organizacional realizado pelo IEB neste ano, com a apresentação e aprovação da proposta de reforma do estatuto e do planejamento para o próximo ano, feitos de forma participativa nos meses de junho e agosto.

A falta de informações consolidadas para a prestação de contas e as poucas atividades realizadas deixaram clara a necessidade de aprimoramento da gestão administrativa e financeira da associação, já detectadas no Diagnóstico Organizacional, realizado também em junho. Foi destacado também o fato do Conselho Fiscal não ter se reunido previamente para detectar que a diretoria não tinha feito o relatório financeiro e incentivá-la a fazer, além de não ter apresentado seu parecer para a Assembleia. Este será o objetivo da próxima atividade a ser realizada no início de fevereiro do próximo ano.

A discussão da reforma do estatuto propiciou um momento de repactuação dos objetivos e da forma de funcionamento da associação, depois de anos de sua fundação, que se deu com o incentivo de atores externos, como inúmeras outras associações da Amazônia e também outras várias associações da região.

Lembrando uma metáfora originada na Aldeia São Luis, durante o diagnóstico e planejamento participativos, da associação “funcionando como um corpo”, foi dada ênfase no planejamento à formação de grupos para a coordenação das atividades das quatro linhas de ação: Terra e Meio Ambiente, Saúde e Saneamento, Educação e Cultura e Produção e Extrativismo. Foi lembrada uma frase do “seu” Getúlio, da COVEMA, que conversou com vários deles no dia anterior: “Sem gente com vontade, a associação não chega a lugar nenhum.”

De acordo com alguns depoimentos durante a assembléia, a associação “anda um pouco desacreditada” por causa de sua pouca atuação. Isso explica também a ausência de boa parte dos associados e a pouca participação na assembléia da maioria dos presentes.

O desafio agora, tanto para os indígenas como para o IEB, é aprimorar o funcionamento da associação e implementar o planejamento aprovado, tornando a associação de fato uma organização daqueles povos indígenas em busca de sua autonomia para a conquista do bem viver em suas terras.

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