Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Diagnóstico Organizacional como base para o desenvolvimento das associações



Nos dias 02 a 05 de outubro estive no litoral sul da Bahia, a convite da Conservation International do Brasil, para fazer o diagnóstico organizacional de três associações de pescadores, indígenas e moradores “nativos”, dando continuidade ao trabalho de desenvolvimento organizacional depois da realização de uma oficina sobre gestão de associações em maio.

Vejo com muito entusiasmo que cada vez mais organizações estão apostando e investindo em um trabalho que vai além de atividades pontuais para adotar uma metodologia mais sistêmica.

O diagnóstico organizacional tem se mostrado, nas diversas ocasiões que tive a oportunidade de realizá-lo neste ano, uma importante fonte de informações sobre as fortalezas e fragilidades das associações para melhor identificar o que valorizar e o que desenvolver melhor em conjunto com os diretores e demais lideranças, tendo assim uma base mais clara para a elaboração de um plano de trabalho para o desenvolvimento das associações. Também para os dirigentes e associados tem sido importante para ter um olhar mais claro e abrangente sobre suas organizações, passando a considerar aspectos antes desconhecidos ou desconsiderados.

Algumas situações encontradas são oportunidades para breves momentos de formação sobre aspectos específicos sobre as exigências legais, fiscais e trabalhistas, a organização administrativa e financeira, a captação de recursos e a participação dos associados nos processos de diagnóstico, planejamento, monitoramento e avaliação das atividades e dos resultados alcançados. Tem servido também para estimular os dirigentes a executar esses processos como forma de conseguir mais qualidade nas ações da associação como forma de propiciar maior participação dos associados.

O desdobramento do diagnóstico organizacional e dos processos participativos de diagnóstico e planejamento é um processo de desenvolvimento organizacional que atua em duas frentes: o aprimoramento da organização administrativa e financeira por um lado e, por outro, a implementação do planejamento feito coletivamente.

Após a realização do diagnóstico, foi perguntado o que avaliavam que deveria ser feito para contribuir com o desenvolvimento da associação. Em uma delas os dirigentes, lideranças e associados presentes apontaram espontaneamente:
  • Capacitar os associados sobre o que é uma associação, como deve funcionar e qual deve ser a participação deles;
  • Capacitar os diretores e conselheiros para o desempenho de suas funções;
  • Orientar para a reforma do estatuto;
  • Contratar um contador para a regularização dos compromissos legais da associação;
  • Fazer um diagnóstico e planejamento participativos com os associados.




Nenhum comentário:

Postar um comentário