Nos dias 09 a 15 de julho realizei
junto com Francivane Fernandes da Silva, assessora de campo do IEB reuniões em
4 comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, em Novo
Aripuanã – AM, para a realização de diagnóstico e planejamento da AMARJUMA –
Associação dos Moradores e Amigos da RDS do Juma. Fomos acompanhados por Doracy Correia Paes, até recentemente o presidente
da associação.
Depois de termos feito o diagnóstico organizacional
da associação, o passo seguinte no trabalho de desenvolvimento foi fazer o
diagnóstico e planejamento participativos. Nas comunidades Boa Vista, Limão,
Livramento e São Francisco, às margens dos rios Mariepáua e Arauá, se reuniram
também representantes de outras 11 comunidades da região.
Em todas elas iniciamos uma reflexão sobre o papel e
importância da associação, destacando que ela é uma ferramenta de trabalho e os associados e objetivos são seus
elementos fundamentais. Segundo depoimentos, a AMARJUMA foi criada para
viabilizar o recebimento de Bolsa Floresta, exigência feita pela gestora desses
recursos. Disseram que não sabiam qual era a finalidade e objetivo de uma
associação. Assinei
como sócio, mas não sabia onde estava entrando.
Doracy já havia se reunido nessas reuniões para
fazer leituras dialogadas e debates sobre associativismo usando o livro Associação é para fazer juntos (ver postagem
de maio). Em alguns casos optamos apenas por relembrar o que havia sido
conversado. Em outros, fizemos novamente a leitura, porque poucos dos presentes
haviam participado. Na última, realizada no domingo, na Comunidade São
Francisco, o grupo de jovens de Novo Aripuanã apresentou a peça de teatro que
vinham ensaiando (ver postagem acima).
O diagnóstico foi feito principalmente a partir da
Chuva de Idéias de problemas, que foram em seguida reformulados quando sua
redação não estava clara. Foram também abordados os critérios para estabelecer
prioridades: problemas mais graves, que atinjam maior número de pessoas e que
estejam relacionados a um número maior de outros problemas.
Foram orientados a transformar os problemas em
objetivos, definir atividades e recursos necessários para atingi-los. Segundo
disseram foi a primeira vez que pensaram a associação não só para captação de
recursos, mas como ferramenta para organizar melhor a produção e
comercialização de seus produtos e reivindicar melhorias de infraestrutura.
Também foi a primeira vez que se reuniram para pensar em seus problemas de
forma mais estruturada e planejar juntos como resolvê-los.
Nenhum comentário:
Postar um comentário