Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




quarta-feira, 18 de julho de 2012

Diagnóstico e Planejamento nas comunidades: construindo a participação


Nos dias 09 a 15 de julho realizei junto com Francivane Fernandes da Silva, assessora de campo do IEB reuniões em 4 comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, em Novo Aripuanã – AM, para a realização de diagnóstico e planejamento da AMARJUMA – Associação dos Moradores e Amigos da RDS do Juma. Fomos acompanhados por Doracy Correia Paes, até recentemente o presidente da associação.

Depois de termos feito o diagnóstico organizacional da associação, o passo seguinte no trabalho de desenvolvimento foi fazer o diagnóstico e planejamento participativos. Nas comunidades Boa Vista, Limão, Livramento e São Francisco, às margens dos rios Mariepáua e Arauá, se reuniram também representantes de outras 11 comunidades da região.

Em todas elas iniciamos uma reflexão sobre o papel e importância da associação, destacando que ela é uma ferramenta de trabalho e os associados e objetivos são seus elementos fundamentais. Segundo depoimentos, a AMARJUMA foi criada para viabilizar o recebimento de Bolsa Floresta, exigência feita pela gestora desses recursos. Disseram que não sabiam qual era a finalidade e objetivo de uma associação. Assinei como sócio, mas não sabia onde estava entrando.

Doracy já havia se reunido nessas reuniões para fazer leituras dialogadas e debates sobre associativismo usando o livro Associação é para fazer juntos (ver postagem de maio). Em alguns casos optamos apenas por relembrar o que havia sido conversado. Em outros, fizemos novamente a leitura, porque poucos dos presentes haviam participado. Na última, realizada no domingo, na Comunidade São Francisco, o grupo de jovens de Novo Aripuanã apresentou a peça de teatro que vinham ensaiando (ver postagem acima).

O diagnóstico foi feito principalmente a partir da Chuva de Idéias de problemas, que foram em seguida reformulados quando sua redação não estava clara. Foram também abordados os critérios para estabelecer prioridades: problemas mais graves, que atinjam maior número de pessoas e que estejam relacionados a um número maior de outros problemas.

Foram orientados a transformar os problemas em objetivos, definir atividades e recursos necessários para atingi-los. Segundo disseram foi a primeira vez que pensaram a associação não só para captação de recursos, mas como ferramenta para organizar melhor a produção e comercialização de seus produtos e reivindicar melhorias de infraestrutura. Também foi a primeira vez que se reuniram para pensar em seus problemas de forma mais estruturada e planejar juntos como resolvê-los.

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