Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




domingo, 14 de abril de 2019

Políticas Públicas, Fraternidade e Cidadania – parte 8 – ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL E CONSELHOS MUNICIPAIS


Neste Domingo de Ramos se encerra a Campanha da Fraternidade 2019 e com ela esta série de reflexões sobre Políticas Públicas, Fraternidade e Cidadania, que começou a ser publicada na Quarta-Feira de Cinzas, quando a campanha começou. Quem quiser acessar os 8 artigos e outros sobre associações e cidadania, veja em https://associacaoeparafazerjuntos.blogspot.com/

O objetivo da Campanha da Fraternidade é que as reflexões feitas durante o período conhecido como Quaresma, levem a mudanças com relação ao tema tratado. E o que podemos fazer daqui para frente para melhorar as políticas públicas, fortalecer a cidadania e a fraternidade em Itupeva?

As associações de bairro são fundamentais para fortalecer os laços comunitários, discutir as necessidades e promover ações para a melhoria dos serviços necessários como saúde, educação, segurança, água, energia, esgoto, iluminação pública, vias públicas em boas condições de uso, transporte público de qualidade, áreas de lazer, entre outros.

É muito comum que associações de bairro sejam “apadrinhadas” por vereadores, deputados e mesmo pelo prefeito. Isso é muito ruim, porque essas organizações precisam surgir e se desenvolver de forma independente e autônoma, para que tenham força de reivindicação de seus direitos e não se transformem em “currais eleitorais” de políticos que “ajudam” a população e depois cobram votos em troca. Não queremos vereadores que “ajudem”. Precisamos de vereadores que legislem e fiscalizem para que todos tenham as políticas públicas que são seu direito. Não queremos prefeito que “ajude”. Precisamos de prefeito que administre corretamente os recursos e que viabilize os serviços necessários para toda a população.

Muitas cidades do Brasil já têm um Observatório Social, uma associação que reúne pessoas que analisam e fiscalizam o uso dos recursos públicos pela prefeitura e câmara municipal, para que ele seja aproveitado da melhor maneira possível para melhorar as condições de vida na cidade. Itupeva precisa disso.

Há na cidade várias associações que se dedicam à cultura, esportes, assistência às crianças e adolescentes e isso é muito bom. Mas precisamos também de grupos, associações ou outras formas de organização da sociedade civil que tratem do fortalecimento da cidadania, de moradia, geração de emprego e renda, saúde, educação, segurança, meio ambiente direitos humanos, das mulheres, dos idosos, das pessoas com deficiência, etc.

Quantas vezes enfrentamos problemas de saúde na cidade e não tinha uma organização para aprofundar as discussões, fiscalizar os serviços oferecidos e mobilizar as pessoas para reivindicar os seus direitos? Quantas vezes isso acontece também com relação à educação, infraestrutura das vias públicas, água, esgoto, energia, segurança, etc.? Quantas vezes dissemos que “é preciso fazer alguma coisa!” E quem vai puxar essa mobilização? Organizações que possam fazer claramente as propostas e chamar as pessoas.

Outra forma de participação nos assuntos importantes da cidade são os Conselhos Municipais. Itupeva tem 6 conselhos, com a metade dos seus membros representando a prefeitura e metade da sociedade civil. Alguns são consultivos e outros deliberativos, ou seja, decidem o que pode ser feito e o que não pode. São os Conselhos dos Direitos do Idoso, de Assistência Social, de Segurança, dos Direitos da Pessoa com Deficiência, de Saúde e de Agricultura. Eles são muito importantes para a população participar, através de seus representantes.

Agora, com poucas associações de bairro atuantes e de outras organizações da sociedade, quem indica esses conselheiros? Quem ajuda os conselheiros a aprofundar os seus conhecimentos e a contribuir de forma qualificada com as discussões? Com quem eles dialogam, para que sejam efetivamente representantes?

A criação e o bom funcionamento de organizações da sociedade civil propicia a indicação de bons conselheiros, a sua atualização constante com formação e informação e o diálogo deles com as pessoas que representam, fortalecendo a sua atuação.

Fraternidade e cidadania é participar da gestão da cidade e se preocupar não somente com os nossos problemas individuais, mas também com os direitos de todos, para que Itupeva seja um lugar bom para todos nós vivermos.

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