Nos dias 03
de 04 de novembro participei com Francivane Fernandes da Silva (assessora de
campo do IEB) da reunião de líderes de comunidades da Associação dos Produtores Agroextrativistas da RDS do Rio Madeira - APRAMAD, em Novo
Aripuanã, sul do Amazonas. Participaram 49 lideranças de 39 comunidades.
As
exposições e debates foram focadas no uso dos recursos da Bolsa Floresta Social
e da Bolsa Floresta Renda e nas opções de mercado institucional para os
produtos agroextrativistas das comunidades da RDS do Rio Madeira. Estava também
previsto fazer a validação e aprovação do Planejamento Participativo, o que não
foi possível uma vez que as reuniões, iniciadas em agosto, não foram concluídas
pelos diretores da associação. No entanto, ficou claro que a organização da
produção e da comercialização dos produtos comunitários para geração de renda é
uma prioridade e demandará bastante esforço da diretoria, lideranças e
associados em geral.
Marilson,
da Fundação Amazônia Sustentável – FAS, gestora dos recursos do Bolsa Floresta,
conferiu com os presentes os equipamentos e serviços adquiridos a pedido das
comunidades com aqueles recursos. Tanis, da Agência de Desenvolvimento
Sustentável – ADS, do governo do estado, apresentou o Programa de Aquisição de
Alimentos – PAA e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE (do governo
federal) e o Programa de Regionalização da Merenda Escolar – PREME (do governo
do Amazonas) como boas opções de mercado para os produtos comunitários. Ficaram
de discutir melhor em suas comunidades para definir qual será o principal
produto (carro chefe) e o programa que procurarão acessar.
Durante
os debates, em vários momentos foi citada a importância de planejar as
atividades. Um dos participantes disse que “o ser humano só vive através de um
planejamento”. Marquinho, presidente da APRAMAD, apresentou a proposta de cada
comunidade escolher o seu representante entre os associados, já que o
presidente da comunidade nem sempre é. Será também escolhido um representante
do pólo, com a função de acompanhar a implementação e o uso dos equipamentos e
infraestrutura adquiridos com a Bolsa Floresta e organizar a produção e
comercialização dos produtos.
Foi
sugerido que, ao invés de continuarem fazendo “uma lista de compras” para a
FAS, planejem o que necessitam para o desenvolvimento das atividades econômicas
e direcionem para isso os recursos da Bolsa Floresta.
A
continuidade do trabalho de desenvolvimento organizacional da APRAMAD será em
duas frentes: as fragilidades nas áreas administrativa e financeira apontadas
durante o diagnóstico organizacional e o esclarecimento e fortalecimento da
atuação dos representantes das comunidades e dos pólos.
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