Nos dias 21 a 26 de maio voltei a Novo
Aripuanã, no sul do Amazonas, para fazer o Diagnóstico Organizacional do Sindicato
de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, da Associação dos Produtores Agroextrativistas da RDS do Rio
Madeira – APRAMAD e da
Associação dos
Moradores e Amigos da RDS do Juma – AMARJUMA. A partir do diagnóstico, foi elaborado um
Plano de Trabalho para o desenvolvimento organizacional, a ser desenvolvido nos
próximos meses.
Reunimos
para essas atividades pessoas que pudessem fornecer informações relevantes
sobre a associação sob diferentes olhares: diretores, conselheiros e algumas
lideranças de cada uma dessas organizações. Inicialmente foi feita uma leitura
dos indicadores de desenvolvimento organizacional, já apresentados em postagem
anterior, para que eles tivessem uma visão geral dos aspectos que seriam
abordados. Em seguida cada indicador foi lido, explicado e os participantes
deram suas informações e opiniões. E assim foi feito para cada um deles.
O uso
dessa metodologia como forma de obter “um retrato mais claro e abrangente” da
organização foi bastante esclarecedor, mostrando que, de maneira geral, aquelas
associações estão bem do ponto de vista das obrigações legais, fiscais e
trabalhistas. Também têm uma organização administrativa e financeira bem
estruturada para seus estágios de desenvolvimento, sendo poucos os aspectos que
precisam ser melhorados. Utilizando a metáfora bastante recorrente a este blog,
“a ferramenta está bem cuidada”. Maior cuidado deve ser dado à utilização dela
para atingir os objetivos das comunidades.
Uma das
fragilidades está no uso coletivo dessa “ferramenta”. Os diretores,
conselheiros e outras lideranças que participaram do diagnóstico falaram da
falta de participação dos associados, como já foi ouvido de dirigentes de
outras associações. Também para eles foi destacado que os associados precisam
ser envolvidos desde o diagnóstico e planejamento das ações para se sentirem
realmente responsáveis por ela. Isso é necessário para que sejam priorizados
problemas e conquistas de direitos e condições de vida relevantes para os
associados para assim reconhecerem a importância de suas associações e serem
estimulados a trabalhar juntos.
Ficou
acordado que os próximos passos a serem dados para o desenvolvimento organizacional
serão reuniões nas comunidades para o levantamento e priorização dos problemas
sentidos por eles, utilizando metodologias de Diagnóstico Rápido Participativo
– DRP e elaboração de um Plano de Trabalho para a associação que leve à solução
ou mitigação desses problemas.
A área de
abrangência da APRAMAD inclui 44 comunidades e da AMARJUMA 35. O STTR atua em
todo o município. Considerando as particularidades de cada associação e da
organização já existente para discussão e deliberação, serão feitas reuniões
nas comunidades, em seguida por áreas e, por fim, o diagnóstico e o
planejamento serão sistematizados, validados e aprovados pela assembléia geral
ou conselho de lideranças.
A
continuidade do trabalho de desenvolvimento organizacional dessas associações
terá como foco o desenvolvimento das capacidades necessárias para a execução
dos Planos de Ação que forem aprovados.
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