Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




terça-feira, 29 de maio de 2012

Diagnóstico Organizacional de associações em Novo Aripuanã-AM


Nos dias 21 a 26 de maio voltei a Novo Aripuanã, no sul do Amazonas, para fazer o Diagnóstico Organizacional do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, da Associação dos Produtores Agroextrativistas da RDS do Rio Madeira – APRAMAD e da Associação dos Moradores e Amigos da RDS do Juma – AMARJUMA.  A partir do diagnóstico, foi elaborado um Plano de Trabalho para o desenvolvimento organizacional, a ser desenvolvido nos próximos meses.

Reunimos para essas atividades pessoas que pudessem fornecer informações relevantes sobre a associação sob diferentes olhares: diretores, conselheiros e algumas lideranças de cada uma dessas organizações. Inicialmente foi feita uma leitura dos indicadores de desenvolvimento organizacional, já apresentados em postagem anterior, para que eles tivessem uma visão geral dos aspectos que seriam abordados. Em seguida cada indicador foi lido, explicado e os participantes deram suas informações e opiniões. E assim foi feito para cada um deles.

O uso dessa metodologia como forma de obter “um retrato mais claro e abrangente” da organização foi bastante esclarecedor, mostrando que, de maneira geral, aquelas associações estão bem do ponto de vista das obrigações legais, fiscais e trabalhistas. Também têm uma organização administrativa e financeira bem estruturada para seus estágios de desenvolvimento, sendo poucos os aspectos que precisam ser melhorados. Utilizando a metáfora bastante recorrente a este blog, “a ferramenta está bem cuidada”. Maior cuidado deve ser dado à utilização dela para atingir os objetivos das comunidades.

Uma das fragilidades está no uso coletivo dessa “ferramenta”. Os diretores, conselheiros e outras lideranças que participaram do diagnóstico falaram da falta de participação dos associados, como já foi ouvido de dirigentes de outras associações. Também para eles foi destacado que os associados precisam ser envolvidos desde o diagnóstico e planejamento das ações para se sentirem realmente responsáveis por ela. Isso é necessário para que sejam priorizados problemas e conquistas de direitos e condições de vida relevantes para os associados para assim reconhecerem a importância de suas associações e serem estimulados a trabalhar juntos.

Ficou acordado que os próximos passos a serem dados para o desenvolvimento organizacional serão reuniões nas comunidades para o levantamento e priorização dos problemas sentidos por eles, utilizando metodologias de Diagnóstico Rápido Participativo – DRP e elaboração de um Plano de Trabalho para a associação que leve à solução ou mitigação desses problemas.
 
A área de abrangência da APRAMAD inclui 44 comunidades e da AMARJUMA 35. O STTR atua em todo o município. Considerando as particularidades de cada associação e da organização já existente para discussão e deliberação, serão feitas reuniões nas comunidades, em seguida por áreas e, por fim, o diagnóstico e o planejamento serão sistematizados, validados e aprovados pela assembléia geral ou conselho de lideranças.

A continuidade do trabalho de desenvolvimento organizacional dessas associações terá como foco o desenvolvimento das capacidades necessárias para a execução dos Planos de Ação que forem aprovados.

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