Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




terça-feira, 30 de junho de 2020

Crônicas de Itupeva em ano eleitoral – parte VII: A IMPORTÂNCIA DA IMPRENSA E DAS REDES SOCIAIS

Como cidadãos, devemos acompanhar o que os nossos eleitos estão fazendo no Executivo e no Legislativo, cobrar o que não estão fazendo, dar sugestões e fazer denúncias. Mas, como vamos saber o que está acontecendo, expressar a nossa opinião, trocar ideias com outras pessoas, nos juntar para protestar e pressionar?

Pela imprensa e pelas redes sociais!

Desde a antiguidade, quando os povos criaram a escrita, ela foi usada para registros e também para dar notícias.

As primeiras escritas, em cera e argila, que se tem conhecimento foram feitas pelos sumérios e mesopotâmios há 15 séculos antes de Cristo, ou seja, há mais ou menos 25 séculos. A primeira publicação regular, gravada em tábuas de pedra, foi a Acta Diurna, do Império Romano, no século 1 depois de Cristo, era afixada nos espaços públicos e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos. O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C. em Pequim, na China. Em 1440Johannes Guttenberg desenvolveu a tecnologia da prensa móvel com tipos gravados em madeira ou chumbo. Na Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruas das cidades e em Veneza, eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados até hoje.

Uma boa medida tomada por um governante e divulgada na imprensa serve para angariar apoio para ele se manter no cargo; a divulgação de uma medida contrária aos interesses da população, gera protestos, ameaça o poder do governante e acaba muitas vezes sendo modificada ou anulada; notícias de protestos da população servem para estimular mais pessoas a participar; a publicação da força dessas manifestações faz governos mudarem de ideia e denúncias de mal feitos já derrubaram muitos governantes.

A divulgação de notícias e opiniões é tão importante para a democracia que uma das principais medidas dos governos autoritários no Brasil e no mundo é a censura à imprensa. Um povo mal informado não consegue reagir adequadamente aos desmandos dos governantes, principalmente porque não sabe direito o que está acontecendo e como isso afeta a sua vida. Por isso, a atual Constituição Brasileira estabelece em seu artigo 220 que “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.”

Durante séculos os jornais e revistas impressos foram os principais meios de comunicação e informação. Depois veio o rádio, a televisão e, ultimamente, os jornais e revistas impressos estão sendo cada vez mais substituídos por versões digitais, disponíveis na internet. Também se multiplicam os blogs e páginas de notícias e opiniões, além de outras redes sociais, como o Facebook, Instagram, etc.

Em Itupeva não temos jornais que busquem informações na Prefeitura, na Câmara Municipal e com a população para divulgar de forma crítica o que está acontecendo e o que as pessoas estão pensando. Poucas páginas eletrônicas fazem isso e algumas pessoas ocupam esse vazio publicando notícias e opiniões em seus perfis nas redes sociais, fazendo assim uma “imprensa interativa” onde quem quiser pode fazer seus comentários e dar suas opiniões, o que em muitos momentos tem incomodado vereadores e apoiadores do prefeito.

Precisamos que cada vez mais pessoas busquem informações qualificadas, baseadas em depoimentos e documentos, produzam notícias e publiquem para que o máximo possível da população seja bem informada.

A informação é fundamental e necessária para que nós, cidadãos, possamos participar e melhorar a gestão da nossa cidade.

Sem liberdade de expressão e de imprensa não há democracia!!

Na próxima parte vamos falar em mais detalhes sobre: VIII - A importância das organizações da sociedade civil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário