Pela
imprensa e pelas redes sociais!
Desde a
antiguidade, quando os povos criaram a escrita, ela foi usada para registros e
também para dar notícias.
As primeiras
escritas, em cera e argila, que se tem conhecimento foram feitas pelos sumérios
e mesopotâmios há 15 séculos antes de Cristo, ou seja, há mais ou menos 25
séculos. A primeira publicação regular, gravada em tábuas de pedra, foi a Acta
Diurna, do Império Romano, no século 1 depois de Cristo, era afixada nos
espaços públicos e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários,
crônicas esportivas, entre outros assuntos. O primeiro jornal em
papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a
partir de 713 d.C.
em Pequim,
na China. Em 1440, Johannes Guttenberg desenvolveu a tecnologia da
prensa móvel com tipos gravados em madeira ou chumbo. Na Idade Média,
as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas
ruas das cidades e em Veneza, eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda
local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados até hoje.
Uma boa
medida tomada por um governante e divulgada na imprensa serve para angariar
apoio para ele se manter no cargo; a divulgação de uma medida contrária aos
interesses da população, gera protestos, ameaça o poder do governante e acaba
muitas vezes sendo modificada ou anulada; notícias de protestos da população
servem para estimular mais pessoas a participar; a publicação da força dessas
manifestações faz governos mudarem de ideia e denúncias de mal feitos já
derrubaram muitos governantes.
A divulgação
de notícias e opiniões é tão importante para a democracia que uma das
principais medidas dos governos autoritários no Brasil e no mundo é a censura à
imprensa. Um povo mal informado não consegue reagir adequadamente aos desmandos
dos governantes, principalmente porque não sabe direito o que está acontecendo
e como isso afeta a sua vida. Por isso, a atual Constituição Brasileira
estabelece em seu artigo 220 que “A manifestação do pensamento, a criação, a
expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão
qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.”
Durante
séculos os jornais e revistas impressos foram os principais meios de
comunicação e informação. Depois veio o rádio, a televisão e, ultimamente, os
jornais e revistas impressos estão sendo cada vez mais substituídos por versões
digitais, disponíveis na internet. Também se multiplicam os blogs e páginas de
notícias e opiniões, além de outras redes sociais, como o Facebook, Instagram,
etc.
Em Itupeva
não temos jornais que busquem informações na Prefeitura, na Câmara Municipal e
com a população para divulgar de forma crítica o que está acontecendo e o que
as pessoas estão pensando. Poucas páginas eletrônicas fazem isso e algumas
pessoas ocupam esse vazio publicando notícias e opiniões em seus perfis nas
redes sociais, fazendo assim uma “imprensa interativa” onde quem quiser pode
fazer seus comentários e dar suas opiniões, o que em muitos momentos tem
incomodado vereadores e apoiadores do prefeito.
Precisamos
que cada vez mais pessoas busquem informações qualificadas, baseadas em
depoimentos e documentos, produzam notícias e publiquem para que o máximo
possível da população seja bem informada.
A informação
é fundamental e necessária para que nós, cidadãos, possamos participar e melhorar
a gestão da nossa cidade.
Sem liberdade de expressão e de imprensa não há democracia!!
Na próxima
parte vamos falar em mais detalhes sobre: VIII - A importância das organizações
da sociedade civil.
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