Nos dias 21 a 26 de outubro, facilitei
a segunda oficina de Administração Financeira para Associações do Parque
Indígena Xingu, no Posto Indígena Wawi, com o apoio de Renato Mendonça e Maria
Beatriz Monteiro, da equipe local do Instituto Socioambiental - ISA.
Da
programação constava formatação da planilha, elaboração de Plano de Contas,
lançamento de receitas e despesas, gestão de caixa e banco, conciliação
bancária, leitura e interpretação do relatório.
Com 11
computadores disponíveis, 24 representantes de 9 associações se dividiram em
grupos. Com auxílio de um projetor multimídia eram dados exemplos e orientações
do que fariam em seguida. Durante as atividades foram orientados por mim, Bia e
Renato, além do Tari, indígena que ajudei na capacitação há anos atrás, quando
trabalhava na ATIX e que tem orientado vários outros.
Iniciaram
pela formatação das grades para o resumo consolidado e as tabelas mensais para
lançamento de receitas e despesas de caixa e banco separadamente. Em seguida
inseriram fórmulas para totalização das receitas e despesas, puxar o saldo
anterior do respectivo mês, calcular o saldo atual; no resumo, inseriram
fórmulas para consolidar os lançamentos de cada rubrica e calcular a situação
de caixa.
Aprenderam
o que é conta ou rubrica e como fazer um Plano de Contas, utilizando códigos
para viabilizar o funcionamento da planilha. Fizeram lançamentos com
comprovantes de receitas e despesas de algumas associações presentes e
conferiram, inserindo no resumo uma fórmula para somar o saldo de caixa e de
banco de dezembro e subtrair o saldo atual do resumo. Nos casos em que o
resultado não foi zero, foram conferir as fórmulas inseridas para corrigir.
Depois de
terem feito isso uma vez, fizeram tudo novamente, sem orientação, para fixarem
os conhecimentos adquiridos.
Por fim,
fizemos uma análise do relatório financeiro de um projeto de uma das
associações, analisando a execução de cada rubrica e a execução total do
projeto, destacando que isso deve ser feito regularmente pela diretoria da
associação para poderem tomar providências para refrear gastos excessivos,
agilizar a execução de atividades, negociar o remanejamento de recursos
remanescentes.
Foi uma
experiência muito gratificante que, mais uma vez, comprovou que o conhecimento
pode ser adquirido por todos, basta que se torne acessível. Os participantes
saíram da oficina muito animados com as novas possibilidades da autonomia conquistada.