Cidadania também é para fazer juntos!

CIDADANIA TAMBÉM É PARA FAZER JUNTOS!

Associação é para fazer juntos. O título desta publicação, lançada pelo IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, no início de dezembro de 2011, já exprime o que será tratado em seus capítulos: que a criação de uma associação deve ser resultado de um processo coletivo e sua atuação deve ser marcada também pela participação efetiva de seus associados.


É o resultado de 10 anos de trabalho com organizações comunitárias e regionais indígenas, quilombolas, de ribeirinhos, agricultores familiares e outros, aprofundando e atualizando o que já foi publicado anteriormente em Gestão de associações no dia-a-dia.

Este blog nasceu como um espaço para troca de conhecimentos e experiências de quem trabalha para o desenvolvimento de organizações comunitárias e outras.

A partir de 2018 passou a ser também um espaço para troca de ideias e experiências de fortalecimento da cidadania exercida no dia-a-dia, partilhando conhecimento e reflexões, produzindo e disseminando informações, participando de debates, dando sugestões, fazendo denúncias, estimulando a participação de mais pessoas na gestão das cidades onde vivem.

Quem se dispuser a publicar aqui suas reflexões e experiências pode enviar para jose.strabeli@gmail.com. Todas as postagens dos materiais enviados serão identificadas com o crédito de seus autores.

É estimulada a reprodução, publicação e uso dos materiais aqui publicados, desde que não seja para fins comerciais, bastando a citação da fonte.

José Strabeli




terça-feira, 20 de março de 2012

"Associação é para fazer juntos" como material didático em oficinas

Nos dias 08 a 10 e 14 a 16 de março estive, respectivamente, em Lábrea e Novo Aripuanã, cidades do sul do Estado do Amazonas para a realização de oficinas de gestão de associações com lideranças e dirigentes de associações de pescadores, pequenos moveleiros, extrativistas e assentados. Essas atividades fazem parte do Programa de Desenvolvimento Local Sustentável do IEB – Instituto Internacional de Educação do Brasil.

Foi abordado o papel e importância das associações, objetivos, órgãos de administração e suas atribuições, aspectos legais e controle financeiro.

Sendo oficinas, os debates, experiências vivenciadas pelos participantes, atividades em grupo e atividades práticas tiveram papel fundamental.

O texto base para aprofundar os conhecimentos e animar os debates e atividades foi o livro Associação é para fazer juntos. Aproveitando sua linguagem em diálogos, fizemos leituras dialogadas dos vários capítulos utilizados.

Essa estratégia, que eu já utilizava com o livro anterior, Gestão de associações no dia-a-dia, dinamiza bastante cursos e oficinas, estimula a participação e ajuda inclusive os mais tímidos a “se soltarem”.

Em Novo Aripuanã preparamos com o grupo um dos capítulos que utilizaríamos no dia seguinte para que fosse feita uma leitura dramatizada. O resultado foi muito interessante, com os diálogos fluindo sem as intervenções do narrador e animou bastante os participantes.


"Associação é para fazer juntos" vira teatro no Sul do Amazonas

Durante a oficina de gestão de associações em Novo Aripuanã, comentei com Roberta Amaral de Andrade, técnica de campo do IEB em Manicoré e Novo Aripuanã, que toda vez que fazia uma leitura dialogada de um capítulo do livro Associação é para fazer juntos, tinha vontade de preparar uma dramatização para que as falas e a movimentação fossem mais fluidas.

Ela me disse que vinha pensando em fazer pequenas peças de teatro sobre gestão de associações e que tinha pensado em conversar com um grupo de jovens para encenar nas comunidades.

É uma demanda recorrente das lideranças que sejam dadas oficinas sobre gestão nas comunidades para que mais pessoas tenham acesso a esse conhecimento. Também é recorrente dizerem que os jovens estão distantes e não se interessam muito pelas associações.

Um dos participantes da oficina é coordenador de um grupo de jovens da cidade e coordena também o grupo de teatro, formado por jovens de pelo menos dois grupos que, entre outras coisas, encena a Paixão de Cristo na cidade. Falamos com ele, que ficou entusiasmado com a idéia de encenar capítulos do livro para apresentar nas comunidades.
Disse também que trabalham com o treinamento de novos grupos de teatro e poderiam fazer isso com os jovens das comunidades onde fizessem as apresentações. Estes poderiam encenar em outras comunidades, multiplicando os resultados.

No final da oficina, ao tratar dos encaminhamentos e atividades futuras de desenvolvimento organizacional daquelas associações, dissemos que não seria possível ir nas mais de 100 comunidades para replicar a oficina, mas tínhamos a proposta de grupos de jovens encenarem o conteúdo e as próprias lideranças animarem debates após a apresentação. Eles também avaliaram que a proposta era muito boa.

Fomos convidados para ir à reunião dos grupos de jovens para apresentar a proposta. Roberta e eu fomos à reunião, levamos o livro para conhecerem o texto e apresentamos a proposta, que foi aceita. Ficaram de preparar a primeira apresentação com os dois primeiros capítulos. A primeira apresentação está prevista para ser feita durante a assembléia da APRAMAD - Associação dos Produtores Agroextrativistas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Madeira, que será realizada em junho.